Vi que uma menina chorava, se lamentava tristonha
o lamento parecia ser banal, mas era real o choro...
pobre Rafaela, em seu ser uma tristeza medonha:
sentia-se tão sozinha, porque morrera seu cachorro.
Não era um cão qualquer, o Léo era bem querido,
um cãozinho ensinado, que dava alegria ao dono...
oito anos de convivência, jamais será esquecido:
numa tarde de março, dormiu seu eterno sono.
Léo só faltava falar, era mesmo um bom amigo...
ninguém entende a dor, e assim ele foi embora;
no paraíso dos animais, Léo agora tem abrigo,
aqui só deixou saudade, Rafaela ainda chora.
Adeus, Léo! Adeus, meu lindo cachorrinho!...
você foi minha alegria, nunca vou te esquecer.
Teve uma morte tão triste, partiu sozinho...
como outros seres, também teve de morrer.
02.03.2008 – Jairo de Lima Alves
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