sexta-feira, 21 de março de 2008

Meu Velho Pai - P/054

Sofrido, alquebrado pela idade,
Tanto trabalho na vida...
Hoje assim tão velho, num leito,
Doente, voz trêmula e enfraquecida.

Traz na lembrança o passado:
Foi um herói, seguindo uma trilha;
Tantos feitos ainda inspiram.
mais sagrado: a sua família.

Foi ele um desbravador de sertões
Luta íngreme, só ficou saudade,
Foi mestre nas lavouras de café!
No manejo do solo, tinha qualidade.

Homem destemido, o meu velho pai.
Prá casa, desaforo não levava...
Na rasteira e no facão, muita raça...
Um grande coração – todo mundo o admirava.

De grau em grau, a idade ia chegando...
E o velho chegou ao cansaço.
Com mais de 70 janeiros, mas com fé.
A maldita doença, triste fracasso...

Este Homem não lamenta, apenas chora...
Deleita-se no convívio de amigos seus.
Alegra-se ao ouvir textos sagrados...
A esperança de quem confia em Deus.

(Jairo de Lima Alves)


Meu querido pai já não vive mais, despediu-se do mundo no dia 9 de janeiro de 1997. Foi para a Eternidade no dia que completoun 78 anos de idade. Pompílio Brito Alves hoje tem um novo nome na Mansão Celestial.

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