Nas mãos sagradas de poeta, a partitura,
“Garota de Ipanema”, a infinita paixão;
“Águas de Março”, Vinícius em seu refrão.
“Eu sei que vou te amar” com tanta ternura.
Musa que inspira, Lygia – nasce um poema,
Cantando a natureza, planta palmeira;
Carneige Hall no apogeu, voz brasileira,
Invade o mundo a poesia de Ipanema.
Um cara sensacional, ama as mulheres e a vida
No sítio Beira-Rio, feliz canta bela canção;
Cidadão do mundo, Tom Brasileiro, um violão.
“Sinatra”, “Caetano”, “Elis” – parceria merecida
Morre o cantor. O mundo chora a despedida.
Vulto sublime, voz divinal que desfalece.
Canta “Luiza” muito distante soa uma prece:
Tom Jobim repousa além. Termina a lida.
(Jairo de Lima Alves)
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