Dias de Tormento
Quem poderia imaginar muito tempo sem ver o sol?
Dias de tormento, onde a luz é obscura, sofrimento...
a prisão, onde ninguém pensa em liberdade alguma,
o filho, distante dos pais, não esconde o seu lamento.
Chega o dia de visita, aumenta a angústia na portaria,
Chega o dia de visita, aumenta a angústia na portaria,
a mãe quer ver o filho; e lamentando, a lágrima cai...
vêm os filhos e a mulher, com a esperança de vê-lo,
lá fora, enquanto anda a fila, lamentos e ais de um pai.
Ali, o tempo não passa; na prisão vive-se a eternidade,
Ali, o tempo não passa; na prisão vive-se a eternidade,
a detenção faz refletir, enquanto a tristeza invade
o coração do prisioneiro, que aguarda uma sentença.
A visita vai embora; ele fica na solidão de uma grade.
Adeus, mamãe e papai; adeus, querida e meus filhos...
Adeus, mamãe e papai; adeus, querida e meus filhos...
adeus, queridos amigos; voltem outra vez pra me ver.
Fico aqui nesta prisão, vou cumprir o meu destino...
Nenhum crime eu cometi, então por que vou sofrer?
A voz clama bem no fundo e os portões se fecham...
A voz clama bem no fundo e os portões se fecham...
mais um dia de visita que está chegando ao fim..
existe uma viva esperança de um alvará de soltura.
Dias de tormento numa cela, se vive assim...
11.02.2008 - JAIRO DE LIMA ALVES
11.02.2008 - JAIRO DE LIMA ALVES
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