A Rosa e o Rouxinol
Vivia o Rouxinol num jardim, no fundo da casa.
Vivia o Rouxinol num jardim, no fundo da casa.
Bem perto da janela que todas as manhãs se abria.
Comendo pão, um jovem contemplava as belezas,
deixando os farelos cair, a linda ave os comia...
Aquelas migalhas de pão criaram um grande afeto,
Aquelas migalhas de pão criaram um grande afeto,
de um pássaro feliz com um jovem apaixonado...
como prova de um grande amor, ofereceria uma flor,
uma rosa vermelha, para não ser sacrificado.
“Petúnias, violetas, cravos: essas flores existem”,
“Petúnias, violetas, cravos: essas flores existem”,
dizia o rouxinol um pouco triste. Mas e a rosa?
A rosa vermelha é impossível, está fora de época,
“o que devo fazer?”- falava de forma generosa...“
O Deus dos Pássaros vai atender minha súplica...
O Deus dos Pássaros vai atender minha súplica...
farei grande sacrifício, cantarei a noite inteira.
Hei de conseguir uma rosa para o meu amigo.
”E o rouxinol emaranhou-se dentro da roseira...
Foi cantando sem parar, ouvindo a voz divina...
Foi cantando sem parar, ouvindo a voz divina...
a rosa vermelha era tudo, do amigo a felicidade.
perto da janela entre tantos espinhos, o milagre:
surge a rosa de repente, o valor da amizade...
É assim a vida: cada um dá o que tem no coração.
É assim a vida: cada um dá o que tem no coração.
O rouxinol fez sua parte, um canto de doação...
diante da janela, a rosa vermelha aparece,
o jovem conquista a amada, dona de seu coração.
(Jairo de Lima Alves)
(Jairo de Lima Alves)
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