domingo, 16 de março de 2008

Ocaso Purpurino - P/036



Ocaso Purpurino

Cai a tarde, o sol vai se pondo no horizonte,
vejo por trás do monte, quando surge a lua.
Recordando, sinto como se fosse um menino,
no ocaso purpurino, lembro a imagem tua...

A saudade dói bastante e me ponho a chorar,
tudo me faz lembrar que um dia fui feliz...
Alguém me deixou sozinho e para longe partiu,
nem de mim se despediu, ferindo minha raiz...

Longe, bem longe, o sol parece me queimar,
a lua vem me beijar, sentindo pena de mim...
à luz daquele ocaso purpurino, sigo o rumo,
brutal paixão eu assumo, a solidão sem fim.

Nem sei se fico ou se vou, e o sol se despede,
o canto triste sucede, sem qualquer explicação.
Eu e a lua no caminho, a voz de um seresteiro,
lamentando o dia inteiro, então chora o coração.

10.02.2008 - Jairo de Lima Alves

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