domingo, 13 de abril de 2008

Menina Isabella - P/218

Isabella Nardoni,
5 aninhos:
29 de março Menina Isabella

Como pode tanta atrocidade, em requinte de maldade:
Isabella foi vítima e ninguém sabe quem é o algoz...
um crime sem precedentes, algum demente, e feroz.
Indefesa, na grande cidade, predomina a perplexidade.

Entender a tragédia? É ruim. Quando será o seu fim?
Apenas cinco aninhos ela tinha, começava a viver...
29 de março, bem tarde, gesto covarde fé-la morrer:
noite negra, quase sem fim, ficou caída ali no jardim.

Tão dolorosas, começam as acusações, sem definições.
De longe, ela tudo vê, embora o repouso é bem melhor;
em conflito, a dor é maior. Para os pais, ainda é pior:
na justiça, imperam confusões, fragilizando corações.

Hediondo crime, zona norte. Isabella teve triste morte;
tão inocente a menina, sem maldade e nenhum tédio...
no chão calada, depois de arremessada de um prédio:
estava sem vida, a menina querida, que não teve sorte.

O seu sangue clama, o povo exclama e quer justiça...
onde estará o culpado, o infame que a vida lhe tirou?
Ela está noutra dimensão, grande coração que amou:
Isabella, linda menina, lá de cima, segue sua liça...

13.04.2008 – Jairo de Lima Alves


Para Entender o Caso “Isabella Nardoni”

2008. No final da noite de 29 de março, a menina Isabella Oliveira Nardoni, 5, foi encontrada caída no jardim do prédio em que o pai mora, na zona norte de São Paulo. Ela estava em parada cardio-respiratória. O Corpo de Bombeiros foi acionado e tentou reanimar a menina por 34 minutos, sem sucesso.
O pai de Isabella, Alexandre Nardoni, 29, e a madrasta, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, foram levados ao 9º DP (Carandiru) para prestar depoimento, logo após a constatação da morte da garota. Isabella vivia com a mãe, porém visitava o pai a cada 15 dias.
Em depoimento, o pai afirmou que, naquela noite, chegou ao edifício de carro, com a mulher e os três filhos dormindo. Ele disse que levou Isabella para o apartamento, colocou a menina na cama e a deixou dormindo, com o abajur ligado, para voltar à garagem e ajudar a mulher a subir com os dois filhos do casal.
Conforme a versão de Nardoni, quando ele voltou ao apartamento, percebeu que a luz do quarto ao lado do de Isabella, onde dormiam os irmãos dela, estava acesa; que a grade de proteção da janela tinha um buraco; e que a menina havia desaparecido. Em seguida, ele disse ter percebido que o corpo da menina estava no jardim.
Naquela ocasião, Nardoni disse suspeitar que a filha tivesse sido atirada do sexto andar do prédio por algum desafeto seu. Um pedreiro, com quem o pai de Isabella havia discutido cerca de um mês antes sobre a instalação de uma antena de TV, chegou a ser ouvido, mas o envolvimento dele no caso foi descartado.

Nenhum comentário: