Lutero e as Indulgências
Um Iluminado. Homem do Ocidente,
Uma questão sublime e deveras urgente:
Indulgências? Tirar almas do Purgatório!
Abuso do clero, em nome da Verdade...
Confusão religiosa, além da realidade.
Levanta Lutero sua voz no Oratório...
Poder eclesial, com cetro: um tirano
Em nome de Deus, age e faz plano...
Excomunhão, guilhotina e fogueira
Homens desmaiam mediante tortura
A religião dizimava a pobre criatura
Lutero trilhava em sua divina carreira.
O sacerdote clamava em meditação
Pedia ao Criador com firme devoção
Que Deus decretasse a sua clemência
Foi ao soberano de Roma com muita fé
No lugar que é chamado de Santa Sé
Queria o fim da vergonhosa indulgência.
Mas, qual nada, ali foi vilipendiado,
Antes dele, já haviam alguns degolado
Jamais queriam perder o privilégio...
Morriam inocentes em nome da heresia
Das alturas, um Sábio Mestre tudo via...
Quem iria suportar tanto sacrilégio?
Uma reforma interna era preciso
Na cúpula, poucos haviam de bom siso
Poder temporal no lugar da Divindade
Demasiado era o amor pela moeda
Lutero, com suas teses, viu a queda:
Agora um mundo com mais liberdade.
Indulgências nunca mais... Salvação!
Acaba a crueldade, menos opressão
A Palavra aos homens foi revelada
Tempos difíceis viveu a Humanidade
Obscura Idade Média, tanta maldade
Assim se cumpre a História passada.
03.12.2007 - Jairo de Lima Alves
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