Este poema foi musicado, e num estilo bem sertanejo,
gravado pela dupla Israel e Betinho Correa,
no CD Pantanal Matogrossense, no outono de 1998.
A letra trata de um episódio ocorrido no interior paulista,
nas cidades citadas, com narração do amigo
e jornalista Marcos Antônio Ferreira,
atualmente residindo com a família em Jaboticabal.
Santa Mariazinha
Foi perto de Ribeirão
Que essa história se passou
Na cidade de Taiúva
Todo o povo se alarmou
Faz mais de cincoenta anos
Um jornal noticiou
Augustinho, um moço rico
Bem cedo se apaixonou
O amor era verdadeiro
Valia mais que dinheiro
A mulher que ele amou.
O pai de Augusto carrasco
Riqueza e tradição
Morava num palacete
Tinha vida de “barão”
Quando soube desse caso
O velho virou um leão
Jamais ia consentir
Essa maldita paixão
O filho que ele tinha
Casar com Mariazinha?
Nem pensar nessa união!
Cada dia que passava
A paixão crescia mais
Augusto jurou se casar
Contra o gosto de seus pais
A “rainha do bordel”
Enfeitiçava o rapaz
Não pensava em mais nada
Nem mesmo nos cafezais
Numa tarde de calor
Jurando sincero amor
Trocaram beijos finais.
Com destino a Taiaçu
Uma cidade vizinha
Se divertiram bastante
E Augusto não se continha
Quando voltava pra casa
Domingo bem tardinha
Não mais suportando a dor
Zombou da sorte que tinha
Parou na beira da estrada
Ali matou sua amada
A bela Mariazinha
Com um tiro bem certeiro
Augusto também se matou,
Sendo fiel a Maria
O puro amor lhe entregou
Hoje naquele lugar
Só a lembrança ficou
Casarão mal assombrado,
Onde Augustinho morou
Na estrada, uma igrejinha
Dizem que Mariazinha
Em “santa” se transformou...
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