Menino de Rua
Por vielas e por ruas vai passando,
vai o menino vagueando, sem parar...
de mãos nuas, corpo franzino, pobre,
leva do passado a ternura de um nobre:
amargura no coração, sempre a chorar.
Por vielas e por ruas vai passando,
vai o menino vagueando, sem parar...
de mãos nuas, corpo franzino, pobre,
leva do passado a ternura de um nobre:
amargura no coração, sempre a chorar.
De déu em déu, caminha pela cidade,
em busca de pão e do calor humano...
alguém descobre nele a chama do amor,
de alguma maneira, ameniza sua dor:
“ Vou vencer na vida.” Ele faz o seu plano.
Sim, esse menino é um herói jornaleiro,
cambaleando pelo caminho, não se queixa.
Quer um abrigo, nem que seja por um dia,
tem esperança de em breve ter alegria:
o menino ri do mal e a luta ele não deixa.
Chora em silêncio, carregando a sua cruz,
grita ao mundo: “ um dia eu hei de vencer!”
A vida irá lhe sorrir, na estrada comprida,
cantarolando alegre, de cabeça erguida:
menino herói! Serás feliz em teu viver...
27.04.2008 – Jairo de Lima Alves
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