quarta-feira, 2 de abril de 2008

A Doce Ilusão - P/109

Tive outrora uma doce ilusão, filha do céu
Tudo eu doava, tudo eu perdia pelo amor...
Sem força, às vezes sem brilho, no labéu,
Estendido no chão, de longe o triste clamor.

Era uma doce ilusão, sem ter recompensa;
Um escravo, sem que tivesse um guia...
Um vazio na alma como uma sentença,
Desprezado sem amor, sem ter alegria.

A falta de afago em mim batia fundo
Oprimido, nem sabia mais o que fazer.
A mágoa crescia, um sentimento profundo
Um esforço eu fazia para não morrer.

Momentos eu vivi de ilusão na vida,
Parecia estar bem perto a felicidade;
Era uma doce ilusão que me dava guarida
Cedo descobri que nem tudo é verdade.

17.01.2008 - Jairo de Lima Alves

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