Encontro com o Insólito
Percorri caminhos bem largos...
Um pobre homem sem rumo.
Ansiedade e solidão comigo
Parecia receber um doce castigo
Pensava: um dia eu me aprumo.
Ouvia murmúrios entre os seres
Galgava em busca de algo mais
Cruzei mares infinitos, e via
De quando em vez a Luz aparecia
Evoquei o Divino em rituais...
Em mim, a chama da graça...
Acesa no coração, e clamava...
Êxtase entre lucidez e loucura
Então ali, voz de divina Criatura
Aos ouvidos, baixinho sussurrava.
Mãos postas, no silêncio, quem?
O Mestre! O Discípulo está pronto!
Um encontro sutil, archote na mão
Arranquei logo o véu da ilusão...
Não é sonho, um pouco eu conto...
De joelhos dobrados, me inclinei...
Adoração no espaço sagrado...
Suave delírio, mas era verdade
Luz flamejante na simplicidade
Umbral do Templo havia cruzado.
19.12.2007 - Jairo de Lima Alves
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